“21 Dias de Ativismo Global em Conexão com as Crianças” De 20 de novembro, Aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança – a 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos
Contexto
Concordando sobre a importância de manter as atividades do Consórcio para o empoderamento e participação de meninas, meninos e jovens (#CCYEP) no contexto da comemoração de dois dos mais importantes tratados internacionais sobre direitos humanos, pensamos que é uma boa oportunidade para concretizar a sinergia das nossas ações planejadas ou a serem realizadas nestes dois meses.
10 de dezembro de 2023 marca o 75º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). A DUDH foi adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948 e estabelece os direitos e liberdades básicos a que todos os seres humanos têm direito, independentemente do seu estatuto ou de onde nasceram.
O Gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos lançou uma campanha de divulgação sobre a DUDH 75 para aumentar a consciência da universalidade e indivisibilidade dos direitos humanos. O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, lembrou que a DUDH estabelece os direitos à vida, à liberdade e à segurança, à igualdade perante a lei, à liberdade de expressão, ao pedido de asilo, ao trabalho, à saúde e à educação, entre outros. Apesar do progresso na protecção dos direitos humanos ao longo dos últimos 75 anos, a DUDH continua a ser atacada e violada em todo o mundo. O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, destacou que as garantias fundamentais são “a linguagem comum partilhada por toda a humanidade” e que reavivar o compromisso com a DUDH e todas as suas promessas, desde as liberdades individuais aos direitos económicos, só pode ser positivo Para todos nós.
O próximo dia 20 de Novembro marca 34 anos desde que a Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC) foi assinada em 1989 na Assembleia Geral das Nações Unidas. A CDC é o primeiro tratado internacional especializado obrigatório que reconhece os direitos humanos de todas as crianças e adolescentes do mundo. A Convenção estabelece direitos em seus 54 artigos e protocolos facultativos, definindo os direitos humanos básicos que as crianças e os adolescentes devem gozar.
A CDC estabelece que os Estados que a ratificarem devem garantir que todos os menores de 18 anos gozem dos direitos nela contidos, sem distinção de raça, cor, língua, nascimento ou qualquer outra condição da criança ou de seus pais. ou seus representantes legais. A Convenção, como a primeira lei internacional sobre os direitos das crianças, é obrigatória para os Estados signatários. A Convenção foi ratificada por 190 países, com exceção dos Estados Unidos; É essencial para a protecção dos direitos das crianças em todo o mundo, mas ainda há muito a fazer para garantir que todas as crianças gozem plenamente dos seus direitos.
Embora existam tratados internacionais que reconhecem os direitos humanos das crianças, a vida da maioria delas não muda devido a vários fatores, entre os quais estão:
– Resistência à mudança cultural: Muitos adultos e autoridades não estão conscientes ou resistem em reconhecer os direitos das crianças, o que pode levar à violação dos seus direitos.
– Discriminação estrutural: A cultura centrada no adulto considera inferiores todos os meninos e meninas e, mais gravemente, aqueles que pertencem a grupos vulneráveis, como aqueles que vivem na pobreza, têm deficiência ou aqueles que pertencem a minorias étnicas e afrodescendentes, impedindo-os de de acessar Seus direitos.
– Falhas na implementação: Embora os Estados tenham ratificado tratados internacionais, nem sempre os implementam de forma eficaz nas suas leis e políticas públicas.
– Violência armada: Os rapazes e as raparigas que vivem em zonas de conflito armado são especialmente vulneráveis a violações dos seus direitos humanos.
Reconhecendo que a superação da cultura centrada no adulto requer uma abordagem criativa e informativa que permita a abertura à escuta, promoveremos o conceito de diálogo intergeracional através de novas ligações entre o mundo adulto e a infância; Ou seja, diariamente existem diferentes temas ou ideias para trocar conhecimentos, partilhar interesses e realizar ações intergeracionais como uma oportunidade para superar a cultura centrada no adulto:
Conexões a partir de interesses comuns: O uso de tecnologias pode criar conexões entre a infância e a juventude com o mundo adulto. Por exemplo, é uma oportunidade para promover o uso responsável da tecnologia e a cidadania digital.
Conexões a partir de problemas compartilhados: Há violações dos direitos de crianças, jovens e adultos, tendo impactos diferenciados por gerações. Por exemplo: segurança digital, violência armada, violência de género e discriminação racista. Ao fazer esta ligação, pode-se promover a solidariedade intergeracional e o respeito pelos direitos das crianças e dos jovens.
Conexões a partir de ações partilhadas: Ao ligar problemas e interesses partilhados entre diferentes gerações, seria possível fazer apelos à ação para respeitar a dignidade e promover a autonomia progressiva das crianças e jovens.
Proposta de campanha nas redes sociais – “21 Dias de Ativismo Global em Conexão com as Crianças” (20 de novembro a 10 de dezembro de 2023)
Objetivo da campanha:
Melhorar o reconhecimento dos direitos humanos das crianças e dos jovens, questionando o adultocentrismo e incentivando a abertura para promover o diálogo intergeracional através de novas ligações entre o mundo adulto e a infância
Objetivos específicos:
1. Sensibilizar e promover a reflexão sobre problemas comuns entre meninas, meninos, jovens e adultos que encontram soluções através do diálogo intergeracional.
2. Lançar um apelo à acção para 21 dias de activismo, de 20 de Novembro a 10 de Dezembro, para encontrar as ligações entre os direitos humanos das raparigas, dos rapazes, dos jovens e do mundo adulto.
3. Motivar as pessoas a usarem o seu poder adulto em favor da luta pelos direitos das meninas, meninos e jovens contra a segurança digital, a violência armada, a violência de género e a discriminação racista.
Público-alvo:
– Adultos, unidades familiares, educadores, líderes comunitários, funcionários públicos, políticos e organizações sociais.
Redes Sociais das organizações do Consórcio para o empoderamento e participação de meninas, meninos e jovens (#CCYEP):
– Facebook: Onde serão compartilhados artigos informativos e discussões em grupo.
– Instagram e TikTok: Para compartilhar conteúdo visual atraente e aumentar a conscientização por meio de histórias e postagens.
– Twitter: Onde a conversa será conduzida por meio de hashtags e participação do público.
Dinâmica de participação:
Convidamos todas as organizações do Consórcio Global a aderirem aos 21 Dias de Ativismo, de 20 de novembro a 10 de dezembro, de diversas maneiras:
a) Aderir à campanha a partir das próprias redes sociais, divulgando as mensagens, hashtags e gráficos gerais e os eixos temáticos que lhes interessam, durante as três semanas de divulgação.
b) Partilhar num calendário coletivo as suas atividades presenciais ou virtuais (já agendadas ou novas iniciativas) em torno da comemoração dos 34 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC) e dos 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos ( DUDH) através de webinars, histórias, recursos e testemunhos que destacam a ligação entre os dois tratados internacionais em favor dos direitos de meninas, meninos e jovens.
c) Mencionar a campanha global junto das suas organizações aliadas, parceiros financeiros, jornalistas e outros canais de divulgação.
Realizaremos três etapas da campanha com mensagens gerais, que serão complementadas por quatro eixos temáticos:
Etapa 1: Reconheça seus direitos (20 a 26 de novembro)
Começaremos a campanha destacando a equivalência humana da infância com os adultos.
Algumas sugestões de mensagens (aproximadamente 250 caracteres):
1. É hora de reconhecer os direitos das crianças! Estes direitos não são menos importantes que os seus, são fundamentais para um mundo mais justo. Junte-se a nós e tome medidas para reconhecer os seus direitos. #ReconheçaSeusDireitos #CCYEP
2. Meninas, meninos e jovens merecem respeito e plenos direitos! Participe da nossa campanha para reconhecer seus direitos. #ReconheçaSeusDireitos #CCYEP
3. Os direitos deles são tão importantes quanto os seus. Vamos reconhecê-los juntos! #ReconheçaSeusDireitos #CCYEP
4. Num mundo justo, todos os direitos são importantes. Vamos começar reconhecendo aqueles desde a infância. #ReconheçaSeusDireitos #CCYEP
Etapa 2: Não são pequenos direitos (27 de novembro a 3 de dezembro)
Na segunda etapa da campanha, desafiaremos a percepção errada de que os direitos das crianças são menos importantes.
Algumas sugestões de mensagens (aproximadamente 250 caracteres):
1. Não são direitos pequenos, são essenciais para um mundo equitativo! Meninas, meninos e jovens são pessoas com direitos próprios! #NãoSãoDireitosPequenos #CCYEP
2. Não subestimemos os direitos das crianças! Eles são essenciais para um mundo mais equitativo. #NãoSãoDireitosPequenos #CCYEP
3. Os direitos das meninas, dos meninos e dos jovens são fundamentais. Eles não são pequenos, eles são poderosos. #NãoSãoDireitosPequenos #CCYEP
4. Vamos desafiar os equívocos. Os direitos das crianças são tão importantes quanto os dos adultos. #NãoSãoDireitosPequenos #CCYEP
Etapa 3: Em conexão com a infância (4 a 10 de dezembro)
Na última parte da nossa campanha, encorajaremos o ativismo para identificar ligações entre o mundo adulto e as raparigas, rapazes e jovens, estimulando o diálogo intergeracional.
Algumas sugestões de mensagens (aproximadamente 250 caracteres):
1. Ouça a voz das meninas, dos meninos e dos jovens, você ficará surpreso! Juntos, vamos construir um mundo onde os direitos de todas as pessoas sejam reconhecidos, independentemente da idade. #EmConexãoComAInfância #CCYEP
2. Ouvir as novas gerações é o primeiro passo para um mundo com equidade. Junte-se a nós. #EmConexãoComAInfância #CCYEP
3. A voz das meninas, dos meninos e dos jovens é importante! Vamos deixar o adultcentrismo para trás. #EmConexãoComAInfância #CCYEP
4. Um mundo sem adultocentrismo é um mundo mais justo para todas as idades. Vamos ouvir e reconhecer os direitos das crianças. #EmConexãoComAInfância #CCYEP
Eixo temático: violência armada
(Etapa 1. Interesses compartilhados)
É mais perigoso sair de casa todos os dias? A segurança nas ruas é um direito de todos; incluindo a infância. #ReconheçaSeusDireitos #CCYEP
(Etapa 2. Problemas compartilhados)
Eles ameaçam você com uma arma? Você tem direito a uma vida livre de violência, assim como a infância. #NãoSãoDireitosPequenos #CCYEP
(Etapa 3. Ações partilhadas através do diálogo intergeracional)
Diálogar com meninas e meninos sobre o direito à segurança e como cuidamos de nós mesmos. O melhor conselho é a confiança. #EmConexãoComAInfância
Eixo temático: violência digital
(Etapa 1. Interesses compartilhados)
Sua conta foi hackeada? A segurança digital nas redes sociais é um direito de todos; incluindo a infância. #ReconheçaSeusDireitos #CCYEP
(Etapa 2. Problemas compartilhados)
Eles estão ameaçando você com uma de suas imagens privadas? Chama-se Sextorção. Você tem direito à privacidade, inclusive na infância. #NãoSãoDireitosPequenos #CCYEP
(Etapa 3. Ações partilhadas através do diálogo intergeracional)
Diálogo sobre o direito à segurança digital com meninas e meninos. O melhor conselho é a confiança. #EmConexãoComAInfância #CCYEP
Eixo temático: violência de gênero
(Etapa 1. Interesses compartilhados)
Você está interessado em saber mais como se proteger da violência sexista? A violência começa em casa, as meninas também têm direito à proteção. #ReconheçaSeusDireitos #It’sNo #CCYEP
(Etapa 2. Problemas compartilhados)
Você foi assediado na rua ou em uma festa? Uma vida livre de violência sexista é um direito seu; também para meninas. #NãoSãoDireitosPequenos #NoEsNo #CCYEP
(Etapa 3. Ações partilhadas através do diálogo intergeracional)
Diálogo com meninas e meninos sobre o direito a uma vida livre de violência. O melhor conselho é o consentimento. #EmConexãoComAInfância #It’sNo #CCYEP
Eixo temático: Discriminação racista
(Etapa 1. Interesses compartilhados)
Você sabe o que é o racismo internalizado desde a infância? Você se lembra de como lhe foi negado o direito à identidade afro? #ReconheçaSeusDireitos #CCYEP
(Etapa 2. Problemas compartilhados)
Você foi rejeitado por causa da cor da sua pele e cabelos cacheados? Viver sem discriminação é um direito de todos; incluindo a infância negra. #NãoSãoDireitosPequenos #CCYEP
(Etapa 3. Ações partilhadas através do diálogo intergeracional)
Diálogo com meninas e meninos sobre o direito de viver sem discriminação e a consciência negra para resistir à supremacia branca. #EmConexãoComAInfância #CCYEP
Medição de resultados:
– Número de seguidores e participantes nas redes sociais.
– Interações nas postagens (curtidas, comentários, compartilhamentos).
– Alcance de hashtags e menções.
– Feedback do público por meio de pesquisas e comentários.
– Impacto na mobilização social, como participação em eventos ou doações.
– Análise de sentimento (positivo, neutro, negativo) nas respostas do público.